Irã dispara com sucesso míssil de longo alcance costa-mar





Escrito por Bianka de Jesus

02 de enero de 2012, 08:16Teerã, 2 jan (Prensa Latina) Forças navais do Irã dispararam hoje com sucesso o míssil Qader, artefato empregado no último dos 10 dias das manobras Velayat 90 para demonstrar o poderio militar do país, informaram fontes oficiais.

O porta-voz para os exercícios bélicos que concluem nesta segunda-feira, almirante Mahmoud Mousavi, afirmou que as unidades marítimas do Conselho de Guardiães da Revolução Islâmica (CGRI) provaram o projétil na localidade de Chabahar, na província de Sistán-Baluchestán.

Ao oferecer pormenores à agência estatal de notícias IRNA, Mousavi descreveu o Qader como um míssil "com sistema autossuficiente e ultra-avançado, de longo alcance costa-mar, e melhorado significativamente em termos de radar, satélite, precisão e navegação".

O lançamento do foguete foi descrito como avanço relevante de cientistas do país persa para patentear o poderio militar da Armada durante o último dia do exercício bélico Velayat 90.

A potente munição desenhou-se para golpear alvos desejados "com precisão e capacidade para destruí-los totalmente", afirmou o porta-voz Mousavi um dia após declarações do secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili.

Jalili destacou que o poder, a lógica e a iniciativa "são os alicerces da interação da República Islâmica do Irã" e por isso remarcou que "o povo iraniano fará frente a qualquer ameaça contra o país".

Durante uma reunião sustentada no último dia de 2011 com embaixadores e outros servidores públicos diplomáticos iranianos que trabalham no exterior, Jalili afirmou que a influência de Israel e Estados Unidos no Oriente Médio diminui cada vez mais na área e no próprio Irã.

A televisão e a agência de notícias estatais divulgaram o encontro com representantes de Teerã no estrangeiro, e destacaram que o chefe da Secretaria de Segurança Nacional destacou o apoio da população entre as razões do crescente poderio iraniano na região.

Acrescentou que os conflitos políticos e as revoltas populares em nações árabes e a instabilidade em nível mundial, também incidem no progressivo debilitamento da influência de Tel Aviv e Washington frente o ascendente poderio militar e cibernético iraniano.

Para Israel, manobras militares do Irã são gesto de 'desespero'
02 de janeiro de 2012 • 17h19


JERUSALÉM, 2 Jan 2012 (AFP) -O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou nesta segunda-feira que as manobras militares realizadas pelo Irã no estreito de Ormuz revelaram seu desespero diante das reforçadas sanções impostas pelos países ocidentais.

"Essas manobras (da semana passada) no estreito de Ormuz, e os tiros de mísseis nesta segunda-feira na mesma região refletem, na minha opinião, o desespero do Irã diante do reforço das sanções", disse Barak em Jerusalém a membros de seu partido, o Atzamaut ("Independência").

Além disso, disse, o regime de Teerã está preocupado "com as discussões sobre eventuais sanções contra o banco central" iraniano.

"Não creio que o Irã possa seriamente propor o fechamento do estreito de Ormuz, ainda que as sanções sejam agravadas, porque uma iniciativa como esta voltaria o mundo inteiro contra eles", disse Barak.

"Em vista desse desespero, os iranianos vão esgotar sua reserva de ameaças para tentar dissuadir a comunidade internacional de adotar novas ameaças", completou.

O Irã realizou na segunda-feira testes com três mísseis de cruzeiro, dois de média e um de curta distância, no último dia de manobras navais nas proximidades do estreito de Ormuz, uma passagem estratégica por onde passa 40% do petróleo mundial, e que Israel afirma poder fechar.

Esses exercícios foram realizados depois que os Estados Unidos e países europeus ameaçaram adotar sanções contra as exportações petroleiras do Irã, devido às dúvidas sobre o alcance de seu programa nuclear.

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